March 03, 2006

resposta múltipla

Quando começamos a sentir que somos estrangeiros, tornamo-nos logo nómadas?

9 comments:

Anonymous said...

i wish......

Anonymous said...

Não. Mas dá vontade.

ND said...

sem perder a vontade, vamos nos confinando à caverna.

margarete said...

eu tenho sido nómada, continuo estrangeira :/

(hi, scep, saudadinhas... "mais tarde" falo ctg :)*)

Anonymous said...

sentirmo-nos estrangeiros... não sei pensar isto no sentido de nacionalidade/pátria, nunca percebi se tenho verdadeiramente estas noções interiorizadas mas, por outro lado, fora deste país, acredito que me sentiria estrangeira.

tornando-se-nos demasiado insustentável e claustrofóbico o espaço que habitássemos, logo demasiado forte o apelo de sermos nóamdas, tendo nós condições e perfil para o realizarmos, encontraríamos nessa nova natureza 'o lugar', '0 nosso lugar', 'a nossa identidade'?


(sentirmo-nos estrangeiros... penso-o em sentido existencial (pronto, ocorre-me já o Camus) e creio, sentindo-o asssim, nem como nómada, deixaria de o sentir, porque sempre o senti... estrangeira no mundo, na existência, em mim - )

Anonymous said...

de «Aprendiz de Viajante» in "O Anjo Mudo":

«Hoje sei que o viajante ideal é aquele que, no decorrer da vida, se despojou das coisas materiais e das tarefas quotidianas.(...)
O olhar de cada um, sobre as coisas do mundo, é único, não se confunde com nenhum outro. (...)
O viajante aprendeu, assim, a cantar a terra, a noite ae a luz, os astros, as águas e a treva, os peixes, os pássaros e as plantas. Aprendeu a nomear o mundo.
Separou com uma linha de água o que nele havia de sedentário daquilo que era nómada; sabe que o homem não foi feito para ficar quieto. A sedentarização empobrece-o, secalhe o sangue, matalhe a alma - estagna o pensamento.
Por tudo isto, o viajante escolheu o lado nómada da linha de água. Vive ali, e canta - sabendo que a vida não terá sido um abismo, se conseguir que o seu canto, ou estilhaços dele, o una de novo ao Universo.»

Al Berto

menina alice said...

Mas eu não falava dessas fronteiras físicas, margem. Essas também não as sinto...

Anonymous said...

sim, eu senti que não era nada disso e a imagem dizia-mo também. aliás, ia começar a escrever sobre a foto, que é tão perfeita, tão 'nómada' (se me entendes)... mas frequentemente tenho estas terríveis dúvidas sobre o meu entendimento das coisas e baralhei-me toda...

(mas esse sentimento interior existencial é-me presente, sim, vive comido desde que me lembro e dói)

menina alice said...

Sabes que acho fantástica essa capacidade que tens de dar nome às coisas, margem?