Na alameda de entrada, tive de fazer de tudo para não lhe decepar um bracinho ou uma perninha para conseguir passar com o carro, porque ele não se afastou um mílimetro. Depois de estacionar, e chegada às escadas antes da porta de entrada, dei com o homem parado junto ao carrinho onde transportava os garrafões, supus eu que para tomar fôlego e descansar. Cordialmente, cumprimentei-o e observei que ele escusava de ter vindo a pé, que podia ter entrado com a carrinha - o que, de resto, já aconteceu outras vezes. Quase sem alterar a carranca grasnou-me:
- Eu já ando aqui há 40 anos! Não pense a menina [vá lá, disse "a menina"] que me vem ensinar coisas sobre condução! Se eu digo que a carrinha não entra, é porque a carrinha não entra.
Respondi-lhe:
- Repare que eu não fiz comentário algum acerca da sua habilidade para conduzir a carrinha, carrinha essa que deixou praticamente à frente do portão e que está a causar a maior confusão na estrada e que, se passar algum polícia, espero seja rebocada sem apelo, nem agravo. Estava apenas a ser simpática, algo que, com o senhor, não voltará a acontecer.
5 comments:
A pachorra que tu tens com esses malucos...
Pachorra?! Isto sou eu a passar-me dos carretos, Xica! Em circunstâncias normais, eu diria só "boa-tarde", independentemente de ele estar a esvaír-se em suor ou a suspirar de felicidade.
ahahhah Gabo-te o self control entao. :DDDD
Óh Menina Alice .
Não esperava essa de si!. Porque não lhe deu um encontrão e depois pedia-lhe desculpa? Não estou a reconhecer a sua veia democrática.Bem isso acontece a qualquer mortal. Comigo levantava-lhe pelo menos um processo judicial, pois ele é que devia estar em greve. J.S.
E perder o meu ar cool, JS?! Nem pensar!
Post a Comment