Não deixa de me trazer ralada a actuação dos Gogol Bordello, em Sines. Estava há pouco a ouvi-los no meu Zen e, a espaços, conseguia imaginar aqueles rapazes e aquelas raparigas (os que deixam os canitos fora do castelo aodeusdará), radiantes aos pulos (saltam mesmo muito e sem controlo - eu tenho muita experiência), e os meus pézinhos ali no chão, sujeitos a serem atingidos, magoados, deformados. Os Gogol rockam largo e, ainda por cima, começam com o fogo-de-artifício. Aquele pessoal vai entrar em delirium tremens colectivo e acelerado.
Depois há a questão do banho: o dia dos Gogol é o último do festival. Os que vão regressar a casa e que, lá de quando em quando, se enchem de coragem e enfrentam o chuveiro, vão estar a querer aproveitar cada minuto e não vão desperdiçar tempo com pormenores de lana caprina do tipo lavarem-se, e ainda há os que só tomam banhoca com sabonetes feitos com gordura vegetal, para não matar os animaizinhos e que só usam sabonetes hand made porque hoje em dia não se pode confiar em ninguém e que, durante o festival, não vão ter tempo para o artesanato. Mais, não os estou a ver a pensarem na semana antes: "Olha deixa-me cá fazer um sabonete extra, não vá esta lasquinha que ainda tenho não chegar para os 9 dias." Vão, portanto, estar a cheirar mal.
Sério, eu até gosto de freaks, acho-lhes piada, mas preferia que houvesse, sei lá, uma distância de segurança indicatória, como se eles fossem uma teoria sem aplicação prática no meu perímetro de acção. Se eu pudesse era freak, não estou a discriminar, mas não vai dar porque eu sou muito antiquada e tenho hábitos estranhos.
Fica a preocupação e o apelo.
Depois há a questão do banho: o dia dos Gogol é o último do festival. Os que vão regressar a casa e que, lá de quando em quando, se enchem de coragem e enfrentam o chuveiro, vão estar a querer aproveitar cada minuto e não vão desperdiçar tempo com pormenores de lana caprina do tipo lavarem-se, e ainda há os que só tomam banhoca com sabonetes feitos com gordura vegetal, para não matar os animaizinhos e que só usam sabonetes hand made porque hoje em dia não se pode confiar em ninguém e que, durante o festival, não vão ter tempo para o artesanato. Mais, não os estou a ver a pensarem na semana antes: "Olha deixa-me cá fazer um sabonete extra, não vá esta lasquinha que ainda tenho não chegar para os 9 dias." Vão, portanto, estar a cheirar mal.
Sério, eu até gosto de freaks, acho-lhes piada, mas preferia que houvesse, sei lá, uma distância de segurança indicatória, como se eles fossem uma teoria sem aplicação prática no meu perímetro de acção. Se eu pudesse era freak, não estou a discriminar, mas não vai dar porque eu sou muito antiquada e tenho hábitos estranhos.
Fica a preocupação e o apelo.
15 comments:
o que eu sorri com isto. alice, a paranóica dos freaks. ou dos banhos.
eu vou vê-los em Paredes de Coura, graças a deus nosso senhor. e vou lembrar-me de ti e deste post, certamente.
lollllllllllll
freaks... solo d'inverno grazie!
andei a ver todos os teus posts sobre música e dei com um fora de prazo, que muito gostaria de ter comentado em devida altura.
é que ainda a semana passada admiti em conversa fazê-lo. refiro-me ao acerto dos passos de acordo com a música que levamos nos ouvidos, caminhando pelas ruas. (às vezes fico apavorada por pensar que pode ser notório, principalmente se estiver parada e der comigo a bambolear a anca.)
Oh, Limunina, tu leste mesmo todos os meus posts sobre música?! Sério?...
(eu também reparo nisso e "vou ver" se estou a dar à anca!) :D
estes teus dois últimos posts (e ainda faltam tantos dias para o concerto!) revelam um caso sério de obsessão, menina-alice. tu estás a sofrer por antecipação.
devemos ficar preocupados?
Comigo, maria? No way. Isto é assim há anos. Sou uma menina bem-comportada, sã e nocotin-free. Inofensiva é o meu segundo nome. Alice Inofensiva.
eu curto andar ao ritmo da música :D
é quase dançar ehehehe
Oh Menina-Alice,
A freakalhada, a djembézada, a pulgalhada (canina) e os "p'caninos" propriamente ditos (os baby-freaks já com mini-dreadlocks e skunk no biberão) são já o «pão de leite de soja de cada dia de Sines» e, diz lá, tu adoras aquilo (apesar disso...).
Banho?... Há um mar inteiro à tua espera, a 20 metros da avenida da Praia... Mesmo que eles não o tomem, toma-lo tu (e isto parece uma canção da Fátima Miranda mas não ligues...).
Pior estou eu, com uma sessão de DJ em frente a dez mil pessoas e com garrafas a voar, huuuum, à volta (troco o sabão azul e branco por uma garrafa de litro de tintura de iodo e dois ou três pensos-rápidos...).
Beijos e coragem...
Eu vou! Gogol Bordello não me escapam!
Viste-os com a Madonna no Live Earth?
:DDDDD Claro que adoro e não falto e limito-me a desviar quando pulam e a estar atenta para que não entrem em contacto físico comigo. Não me façam pior que o que sou, pá! Eu gosto de resmungar. Resmungar é aminha cena, ok? «pão de leite de soja de cada dia de Sines» devia ser o lema do festival. :D
Não vi o Live Earth, J.. Estava a deleitar-me com uns filetinhos de peixe-aranha. :) Eu vou sempre ao FMM. Tradition rulz. E freaks ao ar livre são mais fáceis que freaks no São Jorge.
Olha aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=AywenjotBWQ
Não sei como este ensemble escapou ao Seixas! :D
Nem de propósito: o garfield do dia.
i so get what you mean, alice baby... mas apesar da niquice e do "não me toques que desafino" que me caracterizam, também estou a fazer planos para gogol bordelar. por isso, se quiseres fazer pandilha antiquada, tens aqui uma possível companheira.
Vamos ser uma espécie de velhas dos marretas as duas? :D Abanamos só ojombrinhos e os pescocinhos. Não arredamos pé.
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