Um dos meus discos preferidos. Comprei-o em Belo Horizonte, no final de 1990. Lembro-me que foi a primeira vez que li a palavra remasterizado. Dá conta de um momento que, mais provavelmente que menos, nunca irei presenciar e que lamento tão profundamente que nem poderia descrevê-lo publicamente porque decerto iria chocar pessoas mais sensíveis que eu ao valor da condição humana.
Nas músicas, a voltas tantas, o Caetano começa a transportar para o fim o absurdo prodígio que é "Você não entende nada" - repetindo eu quero que você venha comigo, eu quero que você venha comigo -, o Chico começa a marcar o ritmo com as três primeiras palavras do "Cotidiano" - todo o dia, todo o dia, todo o dia - e vão-se entremeando num crescendo que acaba num dos melhores arrepios: a voz do Chico sobe e embala as palavras para o salto... Todo o dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.
Nas músicas, a voltas tantas, o Caetano começa a transportar para o fim o absurdo prodígio que é "Você não entende nada" - repetindo eu quero que você venha comigo, eu quero que você venha comigo -, o Chico começa a marcar o ritmo com as três primeiras palavras do "Cotidiano" - todo o dia, todo o dia, todo o dia - e vão-se entremeando num crescendo que acaba num dos melhores arrepios: a voz do Chico sobe e embala as palavras para o salto... Todo o dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.
Isto para escrever umas palavras apenas sobre estas duas músicas.
2 comments:
belo disco. esse é dos que me acompanha desde a infância. :)
nunca tive esse disco, mas tinha essa música numa fita (era cassete que se chamava a isso?...) e essa passagem é uma coisa fantástica de se ouvir. Ah, Alice, que coisa mais linda.
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