September 13, 2007

o lado negro da força

Lá se acabaram os comprimidos. No Domingo. Por ora, tudo como nos 75 dias antecedentes, se não contarmos com a primeira semana sem cigarros, um pesadelo hediondo a manter tão vivo e colorido como as horas de trabalho de parto, caução para não cometer erros graves duas vezes. Posto noutras palavras, ou a vareniclina vai ficar para sempre na minha circulação (por mim tudo ok, gosto de comprimidos e de químicos e de medicamentos), ou saiu de mansinho porque já cá não andava a fazer nada, ou então era açúcar.

A minha teoria (da conspiração) é que era açúcar (no meu pacote, que o do Diogo Infante deve ser diferente). Os primeiros comprimidos devem ter os inibidores e as metadonas e análogas substâncias de substituição, mas depois é açúcar. Para comprovar a minha teoria veja-se a necessidade que venho tendo esta semana de comer doces. Não como, claro. Mas, se pudesse, comia. Muitos. Sobretudo chocolate. Apetece-me tanto comer chocolate. E eu sou moça de comer um quadradinho ou um bonbonzinho umas quatro vezes por ano, não mais. Fui ao hipermercado e comprei pipocas atropeladas com cobertura de chocolate negro. Cada placa de aglomerado tem 76 em vez de 30 calorias, mas deixa-se comer e satisfaz bem. Hoje já foram 152 calorias. Eu não teria comido duas, mas houve pressões de diversa ordem e o pior felizmente foi evitado.

Mencionadas as pressões e os lóbis (é assim que se escreve agora, não é?), há seres cruéis e vis (ainda de pior índole que as que pressionam para comer tortitas), que têm o desbragamento de me linkar posts destes, de blogs assim. Uma combinação tão perfeita como aquelas molas transparentes alinhadas ali no meu estendal: CHOCOLATE E CÔCO, num creme de indecorosa textura que fantasiamos a ser docilmente desflorado por uma resplandecente colherzinha que pousamos na língua tão devagar quanto a concentração o permite.



2 comments:

Anonymous said...

ontem era "ah, e tal que só vou experimentar porque quero o melhor para ti". hoje, venho aqui e, num volte-face surpreendente, já passei a lobista (now my turn: é assim, não é?). não vou mentir: fiquei arrasada... destruída... sem querer puxar a barra, acho que deves um pedido de desculpa à tua mestra (i'll say this only once: 4º ano).

menina alice said...

Como poderei reparar tamanha crueldade?!... Minha MESTRA, tu sabes o quão cega é a minha dedicação à tua imensidão de Saber... É o demo que se apodera de mim. Já fiz um contrato de desdemonificação dos teclados, mas não tem jeito. É um espírito mau que toma conta de mim e, ciúmento, faz-me atacar-te. Tenho de mudar de exorcista ASAP.