October 01, 2007

ando distante das palavras arrumadas e desarrumadas de si

Pela distância, nem sei se gosto. Não arrebata, não me abala estruturas, nem causa desconfortos. Não me fica apertado na garganta. Mas não consigo arranjar maneira de isto não fazer sentido:

somos uma árvore nem sempre
pensada. vimos uns dos outros como
se fossemos terra uns dos outros, terra e
sangue, ágil sobre o tempo por
instinto e uma certa paixão. somos
uma árvore nem sempre erguida.
temo-nos uns aos outros como
causas e efeitos em busca dos
caminhos e uma certa paixão.
somos uma árvore nem sempre
razoável. magoamo-nos uns aos
outros como necessitados de coisas
más sem grandes razões e de
uma certa paixão

Valter Hugo Mãe

6 comments:

margarete said...

não me arrebatou, mas deixou-me a urgência de te dizer, aqui, à frente de todos: gosto de ti, menina-alice.

Anonymous said...

Não podemos, no entanto, deixar de pôr a hipótese de o VHM ser uma árvore um tanto ou quanto decrépita, com caruncho (sim, porque as próprias árvores têm caruncho), com ramos vergados e encarquilhados como uma pilinha de velho (calma, juventude, calma, é só uma imagem), e má resina.

(Desculpa o mau feitio, querida.)

salamandrine said...

:D

gostaste mesmo! :DDDD

menina alice said...

A ti desculpo sempre tudo, meu pequeno príncipe. :D:D:D Sobretudo se me faz rir.

Também te gosto, Margas.

Eu não te disse que tinha gostado, golfinha-quase-de-férias?

salamandrine said...

repete outra vez, repete!

ND said...

não é para O acariciar, mas ao ler isto tb pensei num certo sentir de dentro em curva descendente e decadente... como eu, digamos, embora
«uma árvore nem sempre erguida»
não seja o meu caso, por razões óbvias. As minhas árvores são todas tesas!
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