A primeira vez que preenchemos a declaração do IRS sozinhos(as) e recebemos a mensagem que não tem erros e até percebemos quanto dinheiro nos vão devolver ao simularmos esse futuro cada vez mais próximo, é todo um modo de relacionamento íntimo que se estabelece com o Estado Português, um momento de comunhão quase místico que nos faz sentir parte da res publica como não de qualquer outra coisa, um pedaço de democracia participativa tão mais científico que a mera cruz que se apõe no boletim de voto... E o ego! O ego que não se coíbe de planar sobre os mortais - tão menos portugueses! - que pagam aos TOC's e aos ROC's deste mundo para lhes fazerem o trabalho, desvendando as intimidades desbragadas em facturas e recibos de despesas dedutíveis.
9 comments:
Um pequeno passo para o homem ... ;)*
A minha maioridade chegará no dia em que deixar de delegar no meu pai esta tarefa que marca de forma indelével cada Primavera. Por enquanto, não confio em mim própria para coisas de tão grande monta, como dinheiro :D
eu cá tenho uma irmã gémea TOC! ;)
Deusnossenhor proteja e conserve TOCs e ROCs.
E outros OC's.
Estou que não me aguento... A declaração agurada validação. Quase não respiro de ansiedade. Será que o fisco me vai reconhecer a proeza? Será que o IRS me valida?...
o guito é que era, não minimizando a tua performance contabilística eles bem que podiam validar e devolver logo no mesmo dia :D
Deusnossenhor proteja e conserve TOCs e ROCs.Amen!
Acredita. Eu nunca tive de fazê-lo, mas fui obrigada a presenciar essa árdua tarefa que decorria no computador do lado. Era só gente a bufar, a deitar as mãos à cabeça, a fazer perguntas para a outra ponta da casa já que a memória não se avivava. E lembro-me de se terem emendado 4 erros e terem desaparecido 11. Maravilhas como estas há poucas. E o uf final, depois de tudo certinho. Ah como eu (não) quero preencher uma declaração de IRS.
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