Resistir à tentação de deixar inflar o ego quando confrontada com a evidência gritante de ser tão mais inteligente que quem manda. Na vida real, partir sempre com avanço não tem piada nenhuma. É como trabalhar em regime de ejaculação precoce, mas em jornada contínua.
Nem isto é bonito de se sentir e até podia ser natural se não se tratasse do dinheiro de todos. É só que, um quotidiano tecido de alarvidades e ressaibos, desassossega qualquer ser pensante, por mais que se racionalize e perspective tudo na verdadeira dimensão. Mesmo consciente do pouco valor do personagem, não se pode ignorar o poder que objectivamente detém, nem a falta de pudor e de estratégia ao usá-lo.
Não duvido que seja difícil saber quanto valemos e que, ao espelho, descortinemos muito de nós que é apenas desejo de ver/ser, mas o convívio com os outros ajuda (ou devia ajudar) a dar essa dimensão, essa razão auto-crítica. Há dois limites importantes para o aprender a fazer (no sentido de aprender enquanto se faz): a razoabilidade e a corência. E a repetição costuma ensinar... Suponho eu que, quando a terra não é arável, a lavoura nunca dará frutos.
Como não sei acabar este post sem uma praga violenta, vou optar por me solidarizar com todas as vítimas do proletariado oprimido que têm bestas quadradas por chefes e que sonham todos os dias com a resposta certa à observação idiota.
Nem isto é bonito de se sentir e até podia ser natural se não se tratasse do dinheiro de todos. É só que, um quotidiano tecido de alarvidades e ressaibos, desassossega qualquer ser pensante, por mais que se racionalize e perspective tudo na verdadeira dimensão. Mesmo consciente do pouco valor do personagem, não se pode ignorar o poder que objectivamente detém, nem a falta de pudor e de estratégia ao usá-lo.
Não duvido que seja difícil saber quanto valemos e que, ao espelho, descortinemos muito de nós que é apenas desejo de ver/ser, mas o convívio com os outros ajuda (ou devia ajudar) a dar essa dimensão, essa razão auto-crítica. Há dois limites importantes para o aprender a fazer (no sentido de aprender enquanto se faz): a razoabilidade e a corência. E a repetição costuma ensinar... Suponho eu que, quando a terra não é arável, a lavoura nunca dará frutos.
Como não sei acabar este post sem uma praga violenta, vou optar por me solidarizar com todas as vítimas do proletariado oprimido que têm bestas quadradas por chefes e que sonham todos os dias com a resposta certa à observação idiota.
5 comments:
"Resistir à tentação de deixar inflar o ego quando confrontada com a evidência gritante de ser tão mais inteligente que quem manda"
"e até podia ser natural se não se tratasse do dinheiro de todos"
em tempos de alarde de planeamento, gestão, objectivos, acreditação é terrivelmente gritante a constatação desta realidade
somos uma merda de povo
copiamos modelos, adaptamos modelos e ninguém cumpre
quem está no poder não resiste à tentação de deixar lá o seu cunho pessoal que resulta sempre numa manobra que distrai da linha inicial de um projecto real e tantas vezes teoricamente lógico
tu sabes que eu não tenho as tuas queixas, trabalho numa excepção
mas evidentemente não vivo no meu umbigo laboral e ando com uma sensação de que vou rebentar de incompreensão.. não percebo isto... até se alinhava bem a coisa mas nunca se concretiza nada e no fim nunca há responsáveis
saí de uma instituição por causa disso, tanto projecto começado e abortado, no fim todos lamentavam mas ninguém assumia, ninguém apurava as responsabilidades do tempo perdido e da falha
quando me despedi, disse-lhes isto numa reunião, ficou tudo ofendido (andam ali com boas intenções)
bof
porquê?! porque é que não se sai do método dos brandos costumes? :(
fdp's!
(um esbafo)
Acontece sempre aos melhores... olha a candidata Laurinda, coitada:
http://lishbuna.blogspot.com/2009/04/trigesimo-setimo-comunicado-do-c.html
E o desgraçado do Busto que quase perde o emprego :)
http://videos.sapo.pt/4zz2JVRhbyWq1Zczz1KW
solidarnosc, alice.
(depois do dia que passei hoje, a tentar explicar cenas básicas a quem tinha obrigação de as perceber melhor que eu, nem calculas como te compreendo)
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