Temos sempre tantos motivos para fazer posts por o atendimento nos serviços públicos ser, na melhor das hipóteses, sofrível, que não podia deixar de aqui escrever que, no meu Centro de Saúde, os serviços administrativos são um exemplo de eficiência e eficácia. E são tão rápidos a atender os utentes, que estes ficam invariavelmente entre o incrédulo e o um bocadinho feliz ao olhar para a senha e confirmar (os mais obsessivos ainda re-confirmam) que vão ser atendidos depressa. Não são muito simpáticos, não, mas acabamos todos por os dispensar dessa competência, porque o primeiro passo para nos despacharmos depressa dali está dado. A sensação de dissipação do limbo em que entramos mal recolhemos a senha do dispensador e tomamos consciência que ninguém sabe ao que estamos, funciona como motivação para a paciência que nos habituámos a ter naqueles lugares, mas com a qual nunca nos conformámos.
Quase não é preciso dizer que funciona num prédio inenarrável, construído para ser habitado, labiríntico e sem elevador, mas, naquele momento inicial, sentimo-nos todos tão do Norte da Europa que imagino que até os mais sisudos e refilões fiquem com a mão mais leve e a língua menos afiada.
Quase não é preciso dizer que funciona num prédio inenarrável, construído para ser habitado, labiríntico e sem elevador, mas, naquele momento inicial, sentimo-nos todos tão do Norte da Europa que imagino que até os mais sisudos e refilões fiquem com a mão mais leve e a língua menos afiada.
3 comments:
o Norte da Europa é uma seca
e frio... sempre frio.
O daqui de Benfica tb já foi pior, há que reconhecer. E a minha médica de família é um amore : ))
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