Hoje, em jeito de consolo por ter imaginado a minha despedida para a reforma - em correndo tudo bem, daqui a 26 anos -, na mesma secretária (eventualmente numa posição diferente, aparecida depois de um daqueles dias de loucura e excessos em que se muda alguma coisa da vida lá no serviço), o agrafador grande que só serve de espelho, já um nada enferrujado, o mesmo telefone (último modelo de 2001) e a cadeira especial para aguentar as "oses" todas da coluna, descobri que, para além de escrevedora de cartas para os românticos menos letrados, os desavindos menos eruditos e os saudosos menos palavrosos, de "lanterninha" de um cinema bonito ou de criativa de nomes para as operações da polícia, gostava também de ser imaginadora das alternativas erradas para as respostas às perguntas dos concursos de cultura geral.
(o link acima é meramente auto-referencial, sem interesse nenhum e decorre apenas de eu ter descoberto que o blogger agora tem uma coisa de estatísticas)
2 comments:
Eu ainda hoje acho que quem te desviou dessa missão de escrever cartas cometeu um crime contra a humanidade. :*
Tão bonito esse teu exagero... :)***
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