Há dias...
Sejamos rigorosos que o evento não pede menos:
No dia 4, ou seja, na semana passada, cheguei a casa e não tinha televisão. Tinha internet, se calhar até tinha telefone, mas televisão, não. Pensei logo que já tinha feito asneira (eu sou uma pessoa que tende para a asneira fácil e que acredita que sua minha presença ou até a ausência podem dar confusão) e liguei para a linha do cliente da Zon. Nada, que tinham muitas solicitações e pediam para ligar mais tarde, isto já numa gravação. Mandei um sms à Susana, que também tem Zon. A Susana tinha televisão. Fui comer qualquer coisa naquela cozinha silenciosa. Liguei outra vez para a linha, ainda convicta de ter pressionado com a mente um botão errado. Já tinham outra gravação, esta a assumir a catástrofe, um sem número de localidades mantidas na ignorância ou pior. Paciente, desisti do projecto TV e fui ver do mundo pelas vias menos ligadas à culinária e aos afazeres domésticos.
Esquecida do que se tinha passado, recebo hoje, na caixa do correio (mesmo a do prédio, a física), uma carta da Zon (não um mail, mesmo uma carta, assim em papel) onde me pedem desculpa por me terem interrompido o serviço de televisão, internet e telefone. Mas pedem desculpa a bold e logo a seguir ao "Estimado cliente," ou seja, sentimento sincero. Prometem que desenvolvem esforços (esforços não, todos os esforços!) para que se não repita.
Já transbordante de felicidade por ter um fornecedor de serviços de acesso ao universo tão educado e empenhado, passo à segunda parte da missiva - já entremeada com uma lista de pontinhos - à espera de alguma desagradável e desnecessária publicidade. Longe disso. Oferecem-me um filme grátis no Zon videoclube. A lista dos pontinhos é para eu aprender a usar o filme e um código para o poder ver.
O mundo está a mudar e nem sempre é para pior?
Sejamos rigorosos que o evento não pede menos:
No dia 4, ou seja, na semana passada, cheguei a casa e não tinha televisão. Tinha internet, se calhar até tinha telefone, mas televisão, não. Pensei logo que já tinha feito asneira (eu sou uma pessoa que tende para a asneira fácil e que acredita que sua minha presença ou até a ausência podem dar confusão) e liguei para a linha do cliente da Zon. Nada, que tinham muitas solicitações e pediam para ligar mais tarde, isto já numa gravação. Mandei um sms à Susana, que também tem Zon. A Susana tinha televisão. Fui comer qualquer coisa naquela cozinha silenciosa. Liguei outra vez para a linha, ainda convicta de ter pressionado com a mente um botão errado. Já tinham outra gravação, esta a assumir a catástrofe, um sem número de localidades mantidas na ignorância ou pior. Paciente, desisti do projecto TV e fui ver do mundo pelas vias menos ligadas à culinária e aos afazeres domésticos.
Esquecida do que se tinha passado, recebo hoje, na caixa do correio (mesmo a do prédio, a física), uma carta da Zon (não um mail, mesmo uma carta, assim em papel) onde me pedem desculpa por me terem interrompido o serviço de televisão, internet e telefone. Mas pedem desculpa a bold e logo a seguir ao "Estimado cliente," ou seja, sentimento sincero. Prometem que desenvolvem esforços (esforços não, todos os esforços!) para que se não repita.
Já transbordante de felicidade por ter um fornecedor de serviços de acesso ao universo tão educado e empenhado, passo à segunda parte da missiva - já entremeada com uma lista de pontinhos - à espera de alguma desagradável e desnecessária publicidade. Longe disso. Oferecem-me um filme grátis no Zon videoclube. A lista dos pontinhos é para eu aprender a usar o filme e um código para o poder ver.
O mundo está a mudar e nem sempre é para pior?
1 comment:
Bom exemplo!
Post a Comment