February 14, 2012

mas depois

Passa-se a mão por cima. Assim como a insinuar que se procura pó no friso de uma lareira. E deixamo-nos ficar mais um pouco. Sentamo-nos na cadeira, cruzamos a perna e voltamos a medir o espaço e os intervalos desse espaço e o ar que o circunda nesse espaço e que, ora pesando, ora ficando mais leve, preenche o vazio, tenha ele o tamanho que tiver.

7 comments:

margarete said...

acho piada quando tentas disfarçar os teus poemas com escrita-corrida
tens graça

menina alice said...

Escreve-se tanta poesia má...

margarete said...

if you say so...
eu cá não tenho peneiras de escrever poesia boa, porque essa é muito pouca, muito-muito pouca

há a poesia má, há, muita, sim, tanta
depois, há alguns outros-nós, como eu, sim, como eu

e como já o fiz antes, há isto:

mas depois

Passa-se a mão por cima.

Assim como a insinuar
que se procura pó
no friso de uma lareira.
E deixamo-nos

ficar

mais um pouco.
Sentamo-nos
na cadeira, cruzamos
a perna

e voltamos a medir

e voltamos a medir
o espaço e os intervalos

desse espaço
e o ar
que o circunda
nesse espaço
e que, ora pesa(n)do,
ora ficando

mais leve,
preenche o vazio,
tenha ele
o tamanho que tiver.


é má?
não a escreveste? pronto, ok, tb não me apetece teimar
ainda assim, brinco com palavras e com a sua respiração

margarete said...

damn it, não ficaram os rasurados
seria em:

(e) o ar

e em

(e que,) ora pesa(n)do,

menina alice said...

Já fizeste antes sim. E eu gosto tanto. Mas não deixa de ser poesia má. A prosa disfarça a falta de jeito. Mas fico vaidosa na mesma. :)***

margarete said...

fair enough
sei que sou um bocado chata :)***

menina alice said...

És é tonta. E já te disse que acho mesmo giro e lisonjeiro teres essa opinião e fazeres estas coisas. :)***