Aldina entrou no palco do Maxime com poucos minutos de atraso, barco sem deriva. Na guitarra portuguesa, José Manuel Neto; na viola, Carlos Manuel Proença. Génios em cordas tensas. Caminham quase exclusivamente pelo último disco dela, palavras de Monge, arranhões súbtis nos fados da tradição. Prazer, raiva, tristeza, corpos vazios, dores de solidão. Alimento de beijos e braços. Aceno garoto e zombeteiro ao desencanto e à indiferença.
Aldina só é ela nos intervalos dos fados. Quando canta, tranfigura-se nos assombros da sua voz. Que tem todo o fado dentro. Mesmo sem os versos do hábito. Aldina é nome de caravela e de fados novos no fado.
Aldina só é ela nos intervalos dos fados. Quando canta, tranfigura-se nos assombros da sua voz. Que tem todo o fado dentro. Mesmo sem os versos do hábito. Aldina é nome de caravela e de fados novos no fado.
3 comments:
estas coisas que andas a «ouver» deixam-te ainda mais bonita de letras.;)
Que bom que gostaste, N.. Obrigada. Da Aldina sais neste estado.
Eu também gostava mesmo de ter ido ver o J. Cid, Duarte, mas compromissos secretos retiveram-me. Estive a salvar a nação. Foi o Dr. quem me ensinou.
Por todo o lado, Duarte... Por todo o lado. Temos de nos pôr a pau!
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