Com o tempo conformei-me e tornei-me uma condutora mais serena. Não me alargo em velocidades, mas creio também que não atrapalho o fluir do trânsito. Confesso que certas atitudes, perfilhadas pelos meus camaradas de estrada, ainda me tiram do sério, mas já só buzino quando me põem em risco a vida ou a integridade física. Pelo menos a maior parte das vezes. Nos dias de hoje, recordo com um sorriso semi-condescendente, a revolta que me invadia quando dava passagem a alguém que não acenava, agradecendo.
Ontem, num inexplicável arroubo de generosidade, resolvi pôr-me à prova. No caminho do trabalho para casa (sim, tinha de ser neste sentido, ainda com o stress do dia à flor da pele), deixei passar à minha frente todos os outros condutores que faziam menção disso. No total, foram 17. Apenas 3 agradeceram.
Agora venham convencer-me que ser cool não tem de ser um trabalho a tempo inteiro, com reciclagens frequentes e largo investimento de meios.
5 comments:
ora, ser cool não é pelos outros, é por ti mesma! a cada um que não agradece, tu pensas: há mesmo muita gente que não me merece, confirma-se!
eu confesso que libertaria melhor o meu stress insultando-os. chegaria mto mais calma e sorridente a casa :P
Ena!!!
Tão generosa que a menina está.
Não vai voltar a acontecer, pois não?
B'jinhos (3)
Fogo, N.! Partilhar o mundo com tanta gente que me desmerece pode ser um desconsolo ainda maior.
Claro que liberta o stress, D., mas pode ter o efeito contrário. Já cheguei a experimentar.
Burrita! Que bom ver-te por estes lados! Prometo que não volta a acontecer. :D
Não vale enviar pacotes com cócó. Já é muito demodé. >:]
Post a Comment