January 22, 2007

unphotographable # 1

Nas extremidades do Mundo, o vento insinua-se nas peles, trespassando o agasalho dos abafos, esmorecendo a vontade de sair do carro. Compensa-se, devorando com avidez o arredor todo, traçando planos e simulando as luzes e suas forças.

Apesar do tardio da hora, são muitos ainda os carros e os corajosos que passeiam por entre eles, abeirando-se do abismo. Vendem-se artesanatos e farturas. Na esquina das traseiras da igreja, zelado de perto pelo olhar despreocupadamente profano de seus pais, um petiz anafado pelo fofinho do anorak, verte águas descontraído.

7 comments:

Anonymous said...

Espichel? :)

relatado dessa maneira, até senti o vento na cara :)

Anonymous said...

vinha perguntar se era no espichel, mas parece que não fui a única a quem a imagem me ocorreu. bem fotografado, menina-alice. ;)

menina alice said...

Right on, babes! Obrigada. ;) Às vezes custa mesmo não tirar as fotos.

Anonymous said...

não tiraste? então porquê? ali tens muitos cantinhos :)
Há lá uma mãe de água com uma fonte corroída bem linda! :D

menina alice said...

Porque eu também tinha uma criança muito aflitinha e não a ia deixar fazer as mesmas figuras, né? Já basta mandar as beatas dos cigarros para o chão. :D

Anonymous said...

LOL!!!

está bem, está bem!
tens que lá voltar então ehehehe

a mãe de água fica mesmo em frente do cruzeiro ;)

ND said...

:)

é das coisas mais aprazíveis: o alívio de uma mijinha a céu aberto em dias de frio.