Manda-me uma carta em correio azul
p'ra afastar estas cinco nuvens negras
relembra-me as regras
do saber viver
repõe-me o sentido nos sentidos
olfactos ouvidos
à vistade tactos
do teu paladar
Manda-me uma carta em correio azul
p'ra afastar esses blues de pacotilha
renega e perfilha
respectivamentea torpe indiferença
e o amor ardente
amor tão ardente
que dos erros meus má fortuna se ausente
(Refrão)
Erros meus, má fortuna, amor ardente
qual em nós mais frequente
qual em nós mais frequente
amor ardente
cada vez mais frequente
Manda-me uma carta em correio azul
que me deixe a face roburizada
promete-me a noite fatigada
de termos aberto o nosso nexo
ao sexo
da vida
porção destemida
da nossa emoção
(Refrão)
Manda-me uma carta em correio azul
que branqueie o passado num momento
paixão, é no corpo o sentimento
que faz da razão montanha russa
aguça
o encanto
mas no entretanto
faz estragos mil
(Refrão)
Manda-me uma carta em correio azul
para eu guardar no castanho dos armários
no meio de testemunhos vários
escritos por letras tão distantes
murmúrios amantes
que a vida me oferece
só por muito amar
(Refrão)
4 comments:
Muito bonito este conjunto de imagem e palavras. Que pena que ja nao se escrevem cartas, era coisa de que muito gostava. ;-)
Obrigada, Scar. Eu sempre achei o funcionamento dos correios algo magnífico, sobretudo quando não havia as condições que hoje existem. Fascina-me mesmo.
A grande magia das cartas, se pensarmos nisso era mesmo um sistema fantastico. ;-)
É absolutamente maravilhoso encontrar canções do sérgio Godinho, quando menos se espera!!
Tão bonita esta canção...
Tão cheia de tempo e vida lá dentro...
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