May 22, 2007

deambulatório

Tropeçarmos a meio do dia no enredo espiralado do sonho que tivemos de noite porque assim caminhava a pessoa que procurávamos, porque foi daquele lado que a luz entrou, porque foi aquele braço que a brisa arrepiou. Nos sonhos sabemos muitas vezes onde está quem procuramos, vemos a esplanada do café onde se senta, quase como se esperasse. Como se nos esperasse. Quando chegamos lá, vemos apenas cadeiras e mesas. Nas esplanadas dos sonhos nunca há latas vazias, copos com meio sumo ou pratos com guardanapos e migalhas. Só cadeiras e mesas e folhas daquelas de Outono.