November 13, 2007

mnemónicas

eu sou devedor à terra
e a terra me está devendo
ela paga-me em vida
e eu pago à terra em morrendo

(popular)

15 comments:

António Pires said...

Menina-Alice:

Popular mas... popularizado pelos Gaiteiros de Lisboa :)))

(e, sim!, é uma quadra genial!!!)

menina alice said...

Também ouves na Amélia Muge, António. Eu pesquisei antes de postar e fiquei na dúvida. Será mesmo popular, ie, sem autor a que se atribua?

(olha que estava com saudades tuas por aqui ;))

margarete said...

coisa bonita...

vá! põe-me a ouvir a Amélia! :D

menina alice said...

Olha que eu ponho...

margarete said...

estou a falar a sério! :)

menina alice said...

Só não é já hoje porque me vou deitar por ter um motivo verdadeiramrnte pérfido para acordar muito cedo amanhã, mas vais ver se ainda de manhãzinha não desbombas a diva!

margarete said...

me awaiting :D


desbombar deve ser qualquer coisa :P

António Pires said...

Menina-Alice:

Pois tens razão, mas foi nos Gaiteiros que ouvi esta quadra primeiro... E, sim, é uma injustiça que estas coisas «populares» e «tradicionais» não tenham um nome a quem ser atribuídas... Se bem que esta quadra, vinda do cante alentejano, também «cheire» a António Aleixo, que era algarvio... (sim, não está nas suas colectâneas de textos, logo...).

Oh, e as saudades: eu estou aqui sempre, diariamente, mas nem sempre comento, só isso...

Beijos...

Anonymous said...

e já agora pelos Filamórnica Fraude, não?

menina alice said...

É? Nos Filarmónica Fraude? Vou procurar. Agora que o dizes, a coisa não me parece nada longínqua, quim.

Anonymous said...

Não é do António Aleixo. Nas minhas parteleiras (sim, parteleiras)de sopa de letras tenho a história dessa quadra, de um velhote que dizia umas poesias. Quem a recolheu foi o Zé Mário, que foi o primeiro a musicá-la. Não me lembro do nome do velho nem da canção do Zé (o Mário), mas lá que foi assim como eu conto, ai isso foi.

menina alice said...

Encontrei, quim. Chama-se mesmo Devedor à terra. Tenho aqui no meu hard disk. Bem que a coisa não me parecia estranha depois de ter lido.

Parteleiras é em Lesboa que se diz, não é, babe? Agora vou ter de ir foçar o Zé Mário todo?! Ou estás a rênar?

Pedro said...

Algo me diz que o Zé Mário está fora do campeonato quem gravou primeiro, mas posso estar errado, por isso vai lá buscar o livro que essa história interessa-me. :P

A gravação da Filarmónica Fraude é de 69. Eu nunca consegui descobrir uma anterior. Na net há referências a um fado de coimbra que também utiliza esta quadra mas nunca me cruzei com semelhante coisa.

Anonymous said...

É possível, pedro, tendo em conta que a expedição em que se descobriu o velhote foi feita com muita gente, que lá os moços de 68, quando faziam o bem, faziam em conjunto não fosse o povo querer porrada.

Pedro said...

Lá estás tu com o teu esquerdismo do reviralho a denegrir a imagem dos moços que faziam as recolhas. Essa cena de que eles iam em bando para pilhar galinhas e vinho, mais do que poemas e melodias, é mesmo mesquinha pá. E isso foi em 67, eu tenho a certeza.