Tartit

Não posso afiançar a hora, mas era de manhã e era Julho, durante o Festival das Músicas do Mundo, provavelmente no dia 26. Estava marcado um workshop com as Tartit no Centro das Artes. O objectivo dos workshops era pôr as crianças em contacto com os artistas, os seus instrumentos e modos de tanger e com as realidades tão imensamente diferentes e quase sempre inesperadas para os nossos pequenos consumistas. Começou com cerca de uma hora de atraso, deixando impotentes as funcionárias da Câmara Municipal de Sines que, militantemente, se dispunham a acompanhar o evento. Correu à boca pequena que tinha havido um qualquer desencontro de conjugalidades, facto cuja veracidade era impossível de verificar e que, mesmo podendo, seria difícil de decifrar em todas as suas nuances e consequências. Ensinaram-nos como se construía aquele instrumento, feito numa cabaça, forrada com pele de cabra e com apenas três cordas e como se tiravam aqueles gritos amordaçados dos batuques vertendo-lhes água por cima. Ensinaram-nos a ulular, mas isso eu já tinha contado.

As fotos são do Pedro.