Habituar-se a impor-se regras, limites, fronteiras, na convicção plana de tudo se ir tornando mais simples a cada prova subjugada, para depender menos a cada dia, para deixar de tomar garantes das pessoas e das expectativas e das coisas. Embalar um striptease lento e gradual, exfoliando as camadas que deixámos acumular sobre a derme. Reduzir ao singelo, ao seminal, ao seminu. Não possuir para não perder, não experimentar para não precisar. Respirar apenas, sem apneias ou aplestias.
17 comments:
só matava a penúltima frase :)***
lê-se a ritmo fitter happier :|
Bem sei que matavas. Mas estás a levar para o estádio perfeito e a esse eu nunca vou chegar. :)***
fitter happier?...
coisas do ritmo de leitura... experimenta!
vocês topam-me à légua. não vale. :D
e eu, que me esqueço de respirar, com este ritmo que encontro aqui, de repente já me lembro. :)
Quando eramos adolescentes, eu e o meu grupo de amigos andámos meses com a mania de nos lembrarmos uns aos outros que estávamos a respirar. Como tudo o que é demais naquela idade, levámo-nos todos um bocado à loucura. Foi fixe. Ainda hoje repetimos de quando em quando.
:D Eu passo vários (talvez a maioria dos...) minutos por dia a respirar tão superficialmente que amigos assim seriam uma ajuda preciosa na minha capacidade para exercitar os pulmões. :D Ou então aulas e aulas de yoga seguidas, só com exercício respiratórios. ;)
angela, yoga é das melhores coisas que podemos fazer por nós.
desde há vários anos que, a espaços [muito, muitíssimo, demasiado] intermitentes, eu sinto isso ;)
Que assustador, Alice...
O que te assusta aqui, pennac? Esbafa. Abre o teu coraçãozinho.
ter que respirar, claro! >>>:>>>
Parece o mantra de um acólito da opus dei...
ai, alice. (tenho saudades tuas).
olá saturnine. ando a espreitar-te tristezas, não ando?
se calhar andas, alice. e este teu post foi uma luva perfeitinha.
a ver se é como o Mark Sandman dizia, someday there'll be a curefor pain. *
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