Todas as explicações sobre as origens do Estado partem da premissa de que "nós" - não nós, os leitores, mas sim um qulaquer nós genérico tão amplo que não exclui ninguém - participamos no seu aparecimento. O facto, porém, é que o único "nós" que conhecemos - nós próprios e aqueles que nos são próximos - nasce no Estado, e também os nossos antepassados nasceram no Estado, até onde somos capazes de reconstituir. O Estado está lá sempre antes de nós.
in Diário de Um Mau Ano, J.M. Coetzee (1.º parágrafo)
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